sexta-feira, 13 de junho de 2008

POLÍCIA FEDERAL PRENDE FILHO DA GOVERNADORA DO RN - FRAUDE EM LICITAÇÕES

A Polícia Federal informou nesta sexta-feira (13) que prendeu 11 pessoas no Rio Grande do Norte e uma na Paraíba durante a Operação Hígia, deflagrada para desmantelar uma suposta quadrilha suspeita de ter fraudado contratos públicos que superam R$ 36 milhões.

Ainda falta um mandado de prisão a ser cumprido. Entre os presos estão três integrantes do governo do Rio Grande do Norte e o assessor parlamentar Lauro Maia, filho da governadora do estado, Wilma de Faria (PSB).




Foram detidos a procuradora do estado Rosa Maria Caldas; a diretora da Secretaria de Saúde do estado Maria Eleonora Lopes Castim; e o secretário-adjunto de Esportes e Lazer do estado, João Henrique Lins Bahia.




O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da governadora e aguarda resposta.

Erick Pereira, advogado de Lauro Maia, informou ao G1 que seu cliente se diz inocente das acusações de ter influenciado em contratos ilícitos. Ele afirmou não ter tido acesso ao teor do processo, mas que a prisão ocorreu para que Lauro Maia pudesse prestar esclarecimentos.




"A acusação é genérica, mas a gente não teve acesso. Tivemos o motivo da prisão, que é para ele ser ouvido. O que causa estarrecimento é que a investigação está no final e ele [Lauro Maia] nunca ter sido chamado para prestar esclarecimentos", disse o advogado.




Pereira disse que Lauro Maia está prestando depoimento e que, caso não seja liberado após o término, vai impetrar um habeas corpus solicitando a soltura.



APREENÇÕES


A Polícia Federal informou ainda que já apreendeu quatro carros de luxo, computadores e documentos. Não há um balanço de quantos dos 42 mandados de busca e apreensão expedidos foram cumpridos.



INVESTIGAÇÃO


De acordo com a polícia, a suposta quadrilha atuava para celebração de contratos na área de saúde por meio de licitações fraudadas. Teria ocorrido corrupção de agentes públicos e tráfico de influência para contratações emergenciais. Dessa forma, os integrantes do suposto esquema desviavam verbas públicas.




A PF disse também que os presos poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica, peculato, corrupção, prevaricação, tráfico de influência, fraude à licitação, dispensa indevida de licitação, patrocínio de interesse privado e prorrogação contratual indevida. As penas isoladamente variam de três meses a 12 anos de prisão e podem chegar ao máximo de 65 anos.




A operação tem esse nome - Hígia - porque, na mitologia grega, ela era a deusa da saúde e da limpeza.
FONTE: PORTAL G1

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