quinta-feira, 26 de março de 2009

Identificado alvo potencial para nova abordagem do tratamento do melanoma, segundo pesquisadores do National Cancer Institute

Cientistas identificaram uma proteína importante na inibição do desenvolvimento e propagação do melanoma em ratos e humanos. A expressão aumentada da proteína SOX9, pode também reduzir a resistência das células ao ácido retinóico, o qual é usado para tratar vários outros tipos de câncer. A habilidade de aumentar a sensibilidade a este medicamento pode levar a novas abordagens para o tratamento do melanoma e de outros tumores. O estudo, liderado por pesquisadores do National Cancer Institute (NCI), foi publicado em 9 de março na revista The Journal of Clinical Investigation.

No estudo, os pesquisadores avaliaram a expressão da proteína SOX9 em amostras de pele normal e amostras de nevos (com tecidos pré-cancerosos), tumores primários e melanomas metastáticos. Os achados mostram que a expressão da proteína SOX9 é alta nas células normais e reduz progressivamente à medida em que as células passam do estado pré-câncer para os estágios mais avançados do tumor.

Depois, os cientistas inseriram o gene SOX9 em células humanas com melanomas. A partir de amostras de pele que tinham e outras que não tinham o gene inserido, observaram que as células sem o gene SOX9 formaram tumores, o que não aconteceu com as células contendo o gene. Achados semelhantes foram encontrados em ratos.

As células melanocíticas com o gene SOX9 são sensíveis ao ácido retinóico. Essas células mostram menor proliferação comparadas a células sem a inserção do gene. A sensibilidade ao ácido retinóico parece ser consequência da redução da expressão de uma proteína chamada PRAME, conhecida por reprimir o receptor que liga o ácido retinoico a células melanocíticas.

O melanoma é o câncer de pele que mais mata. As abordagens atuais para o tratamento incluem radiação, quimioterapia ou estimulação do sistema imune para inibir o crescimento do tumor. Infelizmente, na maioria dos casos, estas terapias falham, segundo Thierry Passeron, um dos autores do estudo.

Fontes:
The Journal of Clinical Investigation

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