quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Narcotráfico e crime organizado podem seguir procedimento do PT. Ou: Conversa com Marcola e Nem

O PT inaugurou o Boletim da Não-Ocorrência — sob a aparência de boletim de “preservação de direitos. O risco agora é a bandidagem fazer a mesma coisa. Marcola, o presidiário filósofo (Nietzsche está entre seus prediletos…), chama seus advogados para denunciar:


— Olhem, dizem que estão armando umas tretas aí para me culpar, mas quero dizer que o meu grupo é inocente. Exijo um BO de preservação de direitos.

Marcola está bravo.
— Quem diabos me mandou este livro da Marilena Chaui? Isto é um crime! Ela é incapaz de ter uma idéia boa que seja também original; quando é original, não é boa. Tragam-me o Tractatus Logico-Philosophicus, do Wittgenstein! Pode ser aquela tradução da Edusp mesmo…
— Mais alguma coisa, mestre?
— Eu contesto a suposição de que, em “O Ser e O nada”, Sartre estivesse sob a influência do pensamento de Heidegger… O vesguinho é muito primitivo!
— Certo! Se alguém estiver dizendo o contrário, o senhor quer que a gente apague?
— Ainda não… Estou pensando em deixar isso para um Conselho Federal de Filosofia, nos moldes daquele que o Franklin Martins quer para a imprensa! Esse sabe das coisas!
— Boa idéia!

O “Nem”, chefão da Rocinha, também faria o seu Boletim de Não-Ocorrência. A sua exigência já seria outra:
— Sabe aquele manifesto de intelectuais e artistas que resultou naquela festança aqui no Rio? Também quero assinar.
— Como intelectual ou como artista?
— Olhando a lista, tanto faz!
— Talvez não queriam, por causa do nosso ramo de atividade…
— Se até quem bate a carteira do estado assina, por que não eu? Sou criminoso, mas só vendo para quem comprar. Há um monte de gente lá que toma grana do imposto de quem não quer pagar.


O crime, no Brasil, está ficando organizado e letrado! Na contramão da academia!

FONTE: Blog do Reinaldo Azevedo

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